domingo, 4 de dezembro de 2011

Escola de menores infratoras do Rio vence prêmio nos EUA

A partir de peças de Lego, os alunos de Sandra Caldas montam robôs, cidades, revelam seus sonhos e realizam vídeos com temas vinculados ao projeto pedagógico de sua escola. Os filmes são tão bem feitos que viram material didático em outros colégios.

Sandra, porém, não trabalha numa escola particular repleta de recursos. Suas alunas são adolescentes em conflito com a lei do colégio estadual Luiza Mahin, que funciona dentro de uma unidade socioeducativa do governo do Rio.
O projeto acaba de ser premiado nos EUA pela Microsoft pelo uso inovador de tecnologias em ambientes desafiadores. Foi a primeira vez que uma escola brasileira venceu uma das categorias do concurso para escolas públicas.
Sandra explica que o projeto, além de ter vínculo com os temas adotados pela escola, é uma oportunidade para trabalhar a autoestima das adolescentes. O trabalho chamou a atenção de outras escolas, e os vídeos já foram usados até em colégios particulares do Rio.
Rafael Andrade/Folhapress
Jovens menores infratoras que participam de projetos de criação na escola estadual Luisa Mahin, no Rio
Jovens menores infratoras que participam de projetos de criação na escola estadual Luisa Mahin, no Rio
Após uma visita a uma dessas escolas, Sandra conta que viu uma aluna se emocionar ao perceber que ela também era capaz de ensinar algo para alguém.
"São adolescentes acostumadas a perder, perder e perder, mas que descobrem que são capazes de ensinar."
Entre os vídeos está, por exemplo, a história de Romeu e Julieta (is.gd/zSpzBY), em que foram trabalhados conteúdos de língua portuguesa.
Emilio Munaro, diretor de educação da Microsoft no Brasil, afirma que existe uma dificuldade dos professores de se aproximarem da tecnologia. "Ocorre na escola tanto pública quanto privada", diz.
A jornalista VERENA FORNETTI viajou a convite da Microsoft

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